terça-feira, 24 de julho de 2007

Responsabilidade Social

Pode ser considerado um ato de responsabilidade social uma empresa investir um determinado valor em algum evento social, beneficente, esportivo, seja o que for e, gastar centenas de vezes o valor investido no ato para propagá-lo, para mostrar a todos a “grande contribuição” que está fazendo?
A propaganda não deveria se fazer pelo próprio investimento, e só?

Quando vejo a divulgação dos atletas e eventos em suas propagandas, tenho um asco tão sincero, que seria muito melhor, na minha opinião, que não patrocinassem nada.
Seria um ponto a menos para a hipocrisia que nos rodeia.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

A Utilidade

Tenho refletido imensamente na busca de uma utilidade para os escritos de Nélson Rodrigues.
Servirão como papel higiênico? Não, preferiria cagar na moita e limpar-me com parte de uma planta qualquer... folhas de bananeiras são ideais, diga-se de passagem.
Apoio para mesas com pé bambo? Acho que não, todas as vezes que eu olhasse para o chão me enojaria. Além do que, por mais que limpassem a casa, eu continuaria peremptoriamente afirmando: o chão está imundo.
Queimar os livros? Julgo que não, ideologicamente sou avesso a qualquer incineração de livros. Além do que, seria um desperdício de álcool.

Como infelizmente nem para palimpsesto os escritos do pulha serviriam, creio que não há solução razoável para o caso. Ou, alguém pode me ajudar?

Outra dúvida para com meus tétricos neurônios: Quando ele era pior na “escrita”, em seu machismo contumaz, ou na sua crítica política?

Voto com as narinas tapadas na política, diga-se de passagem.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

As Filas

Basicamente, todo lugar que presta contêm filas. E muitos que não prestam, também.

A Necessidade

O que os homens mais precisam, é de inimigos. Imaginários, ou não.

A Cura

As Tentações de Santo Antônio - Salvador Dalí



Brinco com alguns amigos meus que Sodoma e Gomorra caíram por menos do que o Rio de Janeiro é hoje (¿quais são mesmo os nomes das outras duas cidades também destruídas pela ira divina?).
Bem, a devassidão moral que assola a cidade me preocupa bastante. E me preocupam, ainda mais, as históricas “curas” que os homens costumam arranjar para combatê-la.

O Início do Fim

“Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados”.

Não sei porque razão, parte de Vitória na noite de ontem esteve imersa numa espécie de neblina, uma fumaça espessa... Coisa estranha...

Cá com meus insólitos botões, vendo o lúgubre luzir dos postes sendo abafado pela neblina, deduzi, feito o típico homem medieval, que àquele era um excelente método para dar-se início ao fim dos tempos.

É um conselho que dou antes que soe a última trombeta. Antes de seu clangor derradeiro, vendo uma neblina interminável, peça perdão. Ou aproveite desbragadamente o tempo que lhe resta.

sábado, 7 de julho de 2007

O Estorvo

Deve ter sido inserida em alguma poesia perdida pelos arquivos da vida, mas a frase que cito abaixo é o resumo da minha adolescência:
Ser um estorvo cansa.

O Casório

Caso recente de nosso conhecimento, uma mulher, fervorosa católica transmuta-se em batista e casa. Minha irmã estranha o fato.
Tenho de respondê-la: Mas para casar, Amanda, uma mulher vira islâmica, confucionista, hinduísta, seja o que for.

O porque desta necessidade, é assunto para outro momento.

A Incompetência

O Mundo é incompetente como um todo. Os funcionários públicos em particular.

A Exceção

Companheiros, não direi após todo tópico: “Há exceções, é claro”.
Parece-me óbvio demais.

Em tudo cabe esta frase.

Há exceções, é claro.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

O Temível

Lembro-me que na copa de 94 o então técnico da seleção era o Dunga, e assim foi até 98. Não sei porque, agora que oficialmente assumiu o cargo, parece excessivamente retesado. Presumo que seja por causa da CBF, que, segundo dizem, não permite que os técnicos façam exatamente o que querem na seleção. Segundo fontes confiáveis, há certos limites impostos pela comissão técnica permanente e pelo seu Rei, o Imaculado Ricardo teixeira, que provavelmente ficará no seu feudo até a morte.
Naquela copa em que o Brasil sagrou-se campeão, fui comprar uma blusa da seleção, e no meio da balbúrdia geral da loja, todos só queriam dois nomes: Romário e Bebeto. Exceto este que vos fala, que buscava a camisa 8, do capitão que eu sinceramente admirava e admirei, até quando este despediu-se da seleção.
Aliás, diga-se de passagem, foi o último capitão que de fato vestiu a camisa e a braçadeira da seleção brasileira.

Pois bem, quem guiava o time em 94 era o Dunga, mas quem o escalava era um tal de Parreira. Parreira era muito criticado por escalar dois cabeças-de-área, o dito capitão e o Mauro Silva.

Ontem, assisti ao jogo em que a seleção brasileira enfrentou o perigosíssimo Equador com três cabeças de área. E quando um lateral direito teve de ser substituído, o foi por um zagueiro.
Eu iria até espezinhar o técnico, mas como enfrentávamos o temível Equador, esta laboriosa seleção, detentora de uma mítica futebolística irreparável, dona de um histórico campeão invejável, por exemplo, com os títulos da...
Do...
De...
Bem, já disse a vocês, minha memória costuma me trair, a maldita.

Seguindo a lógica dos fatos, suponho eu que quando tivermos de enfrentar a Argentina, o faremos com 12 zagueiros.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O Feriado

Julgo eu que falta pouco para o dia de hoje tornar-se feriado mundial.
Recuso-me, novamente, a dar a mão.

Aviso aos náufragos

Companheiros de batalha e/ou regozijo, estou escrevendo em outro blog as particularidades políticas de nossa republiqueta: http://www.politicanadaimparcial.blogspot.com/
E a lista de livros que tive (eventualmente) as felizes oportunidades de lê-los em http://www.listadelivros-doney.blogspot.com/
A parte literária, por assim dizer, prossegue por estas plagas.

O Inverso

Raras são as coisas que conseguem ser opostas as outras, diferentemente do que apregoa o I Ching, livro mais antigo do mundo, que pelas graças do destino não se perdeu.
Quando a gente diz que algo é antigo, deve ser da Grécia. Se é muito antigo, sempre suponho, só pode ter vindo do Egito ou da China. No caso, é da última.

Há algo que julgo inversamente proporcional: são os livros "O Pêndulo de Foucalt", de Umberto Eco e "O Código da Vinci", De Dan Brown.
Um é muito bom, aliás. Retiro-me o fardo de dizer qual, não estou aqui para dar a mão.