quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A Origem das Espécies















Eu e meus companheiros, antes de iniciarmos as nossas atividades, todos os dias realizamos os Diálogos Diários de Segurança, Meio-ambiente e Saúde (DDSMS), uma espécie de bate-papo com assuntos diversos sobre os temas supra-citados, com vistas a conscientizar o grupo da importância de práticas saudáveis, tanto no trabalho quanto na vida diária.

Pois bem, hoje, um destes diálogos, ao tratar de relacionamentos interpessoais, teve como mote a dialética de Aristóteles.

Cá com meus botões, refleti sobre como mudamos. Imagine-se fazer este tipo de abordagem para um peão da década de 70? Se o interlocutor não levasse uma marretada poderia dar-se por satisfeito.
Julgo que muitos ainda hoje obstariam tal prática. Os que assim o fizerem, estão errados, pois eu e meus companheiros aprovamos plenamente a palestra.

Não obstante, ainda temos outros tipos de oposições. O anarquista Proudhon, por exemplo, afirmava que a ciência, para os escravos, era um veneno. O mesmo autor em palavras mais abundantes (retirado do blog Lista de livros), explica:

“Ocupar-se da educação dos pobres! Mas isso seria criar nessas almas degeneradas o mais atroz antagonismo. Seria inspirar-lhes idéias que lhes tornassem o trabalho insuportável, afeições incompatíveis com a grosseria de seu estado, prazeres cujo sentimento nelas se embotou. Se semelhante projeto pudesse dar certo, em vez de fazer do trabalhador um homem, dele se faria um demônio”.

E aqui fiquei, refletindo sobre a mudança de nossa sociedade. Sobre o conhecimento que os demoniozinhos já tem acerca da exploração a que são submetidos, a postura, a responsabilidade ambiental, a preocupação com o próximo, etc.
Donde cheguei a uma particular e feliz conclusão:

“Até o peão evolui”.

É realmente um avanço, afinal, a máxima que melhor nos definia (e continua tendo um tanto de verdade), era:

"O peão é a imagem do cão".

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