sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O dia em que a terra prosseguiu

Recentemente assisti o filme “O dia em que a terra parou”, uma espécie de cópia ideológica do filme “Fim dos tempos”. E, duas frases me marcaram, que gostaria de dividir aqui com vocês.
Keanu Reeves é um extra-terrestre que desembarca nos EUA (obviamente só podia ser lá, tudo nos filmes de Hollywood acontece em Manhatan).
Claro que ao chegar, o ET foi atacado pelos cândidos estadunidenses, a despeito de não ter tido nenhuma ação agressiva. Seriam os “ataques preventivos”, como os monstros ideólogos da guerra costumam alcunhá-los.

Pois bem, depois do ataque, quando Keanu começa a conversar com as pessoas, uma mulher pergunta (mais ou menos com estas palavras):
- ¿O que você veio fazer aqui?
- Vim salvar o planeta.
E, mais adiante, esta mulher fala sobre o nosso planeta, no que ele interrompe:
- ¿Nosso? ¿Quem disse que o planeta é de vocês (seres humanos)?

Corta, esta é a bela frase do filme.

Mais adiante, ele diz que deseja falar com os representantes do mundo que estão reunidos num congresso da ONU. Como é impedido de ir, insiste que necessita falar com os representantes do mundo, no que esta mesma mulher responde:
- Sou a secretária de defesa e represento o presidente dos Estados Unidos da América.

E, ouvindo aquilo, percebi que a missão Barack Obama é mais ampla e profunda do que parece. Enfrentar tanta arrogância – e arrogância sempre leva ao cadafalso, mais cedo ou mais tarde – é uma tarefa inglória e, eu diria, quase inextrincável.
George War Bush não é um ponto fora da curva, é um produto criado por este tipo de ótica, que permeia enormemente tal país.

Por alguma clarividência de quem fez o filme, o ET não julga que falar com o representante dos EUA signifique falar com o mundo.

Palmas ao ET.
Pela nossa imprensa gorda, pelos partidos políticos da direita (PSDB e Demos), por exemplo, bastaria.