quarta-feira, 20 de abril de 2011

Bullying

Agora é moda falar do tal do bullying – esta palavra bizarra que eu tive de procurar no Google pra saber como se escreve. Mas a verdade é que quase toda piada é um bullying. Quiçá sobre loiras, carecas, gordos, dentuços, homens, mulheres, viados, argentinos, cearenses, gaúchos, cariocas, de torcedores dos mais diversos times, etc.
Claro que não defendo a prática do assédio, que é nefasta quando feita de maneira sistemática – e pode, sim, se feito desta maneira acarretar consequências graves. Porém, o que ocorre é que, do jeito que estão falando do tal bullying, todo mundo já o sofreu, pois todo mundo já foi provocado e todo mundo provocou também – normalmente, aqueles que não implicam com os outros só não o fazem por não terem imaginação para tanto, e não por acharem equivocado.
E nem por terem implicado conosco saímos por aí cometendo insanidades atrozes.

E esta história do bullying é apenas um dos exemplos da babaquice que esta grassando em outras áreas da sociedade. Um exemplo clássico: quem lida com educação infantil sabe que hoje uma professora é orientada a não corrigir os erros dos alunos com caneta vermelha, porque isto pode gerar problemas psicológicos nas crianças (!). Tenho certeza que uma pessoa que tivesse sido corrigida a vida inteira apenas com caneta vermelha, ainda assim, não teria a capacidade mental abalada o suficiente para ter uma ideia estapafúrdia dessas. Quem inventou isto possui problemas mentais decorrentes de outra origem, sabe-se lá qual.

Bem, detesto os e-mails moralistas que circulam pela net pregando que hoje tudo é mole e antigamente é que era correto. Não era, em diversas áreas a condição humana progrediu muito. O próprio caso dos professores é lapidar de que este discurso moralista é vazio: mais cedo ou mais tarde, todo mundo encontra um que é um carrasco, tentando descontar suas próprias frustrações nos alunos. O mesmo ocorrendo com os chefes. Porém, de fato, sob alguns aspectos estamos no terreno movediço da viadagem. Não da viadagem correlativa ao homossexualismo – cada um que tem a sua orientação sexual, e pode – e deve – tentar satisfazê-la, até pra se aliviar deste mundo doido que a gente vive. O que está sobrando no mundo, na verdade, é a viadagem da frescura, e o que vem faltando, por conseguinte, é paudurescência.
Esta dito.

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