segunda-feira, 9 de julho de 2012

De volta para o futuro

     O computador eu só utilizo na escola e na casa da minha avó, ela é a única da família que possui um. Ela comprou uma máquina bem moderna, com Windows 98, 64 Mb de memória RAM, 1Gb de disco rígido. Jamais conseguirei preencher tamanho espaço, não sei pra que tudo isto.

     Fui a casa dela já no momento oportuno, esperei chegar o fim de semana, assim posso me conectar a internet, pois como sabemos, sábado depois das 14 horas e domingo durante o dia inteiro apenas 1 pulso é debitado na conta telefônica. Às vezes também fico até meia-noite esperando o mesmo desconto, a despeito do cansaço no dia seguinte.

     Os provedores que utilizo são gratuitos, o IG (Internet Grátis) e o Ibest. Alguns outros, infelizmente, quebraram pelo caminho.

     Entrando na net depois de uma peculiar chiadeira que o modem arruma, peguei o arquivo que necessitava em meu disquete e o enviei para o meu colega. Meu e-mail é do BOL (“todo brasileiro tem direito a um e-mail grátis”), possui capacidade de 1Mb, o disquete é um pouco maior, 1,4 Mb. Às vezes o disquete some com alguns arquivos, enche o saco.

     Depois fui entrar numa sala de bate-papo (normalmente utilizo Terra ou UOL), caçando o amor da minha vida que poderia estar nesse exato instante bem na frente de um computador também, e da mesma maneira que eu, procurando a pessoa certa. É só uma questão de sorte. Estou tentando. Às vezes quando estou em várias salas simultaneamente a internet “cai”. É outra coisa muito ruim, você está conversando com a pessoa e de repente você sai da sala, e quando tenta voltar para aquela sala específica você não consegue, pois ela esta lotada (alguém entrou no seu lugar assim que você saiu). É outra coisa que enche o saco, também.
     Entro sempre nos chats “cidades”. Assim, consigo conversar com quem posso me encontrar, já que moramos perto. A primeira fala é sempre a mesma: “Tc de onde? Qts anos?”. Quando o papo avança, passamos a conversar através do ICQ (há alguns que usam o mIRC, mas eu prefiro o ICQ, mesmo).
     Consegui através do scanner digitalizar algumas fotos, daí posso enviá-las via e-mail (demora tanto pra anexar...) para que não comprem gato por lebre, ou, mais bem dizendo, para que não levem um sapo enquanto esperam um príncipe.
     Quando as pessoas querem dividir o que ocorrem em suas vidas de maneira mais fotográfica por assim dizer, elas recorrem aos fotologs e ao flogão, que ainda não possuo, me parece que é para as pessoas que almejam ser mais “populares” e tal...

     Uma das coisas que me espanta na internet é quando necessito fazer uma pesquisa. É enorme a quantidade de informações elencadas, inacreditável. Posso dizer que as ferramentas de busca são o oráculo dos nossos dias. As mais utilizadas pela galera são o Cadê e o Altavista.

     Quando eu era criança, nas raras vezes que utilizei o PC, era sempre para coisas mais infantis, mesmo, como desenhar no paintbrush. Agora não, as coisas evoluíram muito, até criei meu Orkut e espalho alguns recados (dito “scraps”) por aí. Adoro ser considerado como bom amigo, quando põem uns coraçõezinhos em meu perfil, acho que dá um ar de respeito a pessoa. Entrar na net e não ter nem um novo recado no Orkut é motivo de uma leve tristeza.

     É impressionante, reitero, como as coisas evoluíram na internet. Não sei onde isto vai parar.

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