sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Dando a mão
No vórtice de desgraças que os vícios normalmente trazem, ao longo do tempo vamos observando que, muitas vezes, quem mais precisa de ajuda é quem, de fato, mais a recusa.
É uma doença, sempre escutamos, mas de difícil cura, e pior, com sintomas e sequelas que se espalham não só para o responsável pela mazela, mas também para seus familiares, muitas vezes inocentes de todo na situação.
E então começa a batalha para tentar trazer o perdido de volta a luz. É uma luta ingrata, inglória, com derrotas e mais derrotas acumuladas ao longo do tempo.
¿Quem será dobrado ante a renitente insistência? ¿Quem conseguirá oferecer a mão seguidas vezes, mesmo seguidamente sendo recusada? ¿Quem terá mais força, aquele que carece de auxílio e repele a mão que se lhe estende, ou o "bobo", o insistente que teima em tentar? ¿Quantas vidas já foram salvas por estes que seguiram tentando, independente de o serem dados todos os motivos para desistir?
¿Quem será dobrado ante a renitente insistência? ¿Quem conseguirá oferecer a mão seguidas vezes, mesmo seguidamente sendo recusada? ¿Quem terá mais força, aquele que carece de auxílio e repele a mão que se lhe estende, ou o "bobo", o insistente que teima em tentar? ¿Quantas vidas já foram salvas por estes que seguiram tentando, independente de o serem dados todos os motivos para desistir?
A balança nunca se equilibra, e por demasiadas vezes pende para o lado errado.
Há de se ter muita perseverança (ou muita fé, para utilizar um termo mais preciso), para tanta dedicação a quem, por fim, não é merecedor de tamanha entrega.
Obter êxito nesta peleja funesta, onde o resultado mais positivo é parar de perder, é tarefa tonitruante, para poucos.
Infelizmente, creio que não me incluo dentre estes obstinados capazes de tal abnegação.
Infelizmente, creio que não me incluo dentre estes obstinados capazes de tal abnegação.
sábado, 23 de agosto de 2014
Da serie perguntas que não querem calar
¿Antes de sair de casa, beber um belo copo d'água para não chegar com sede, ou fazê-lo e chegar com o risco de logo querer ir ao banheiro?
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Entre o veneno e o remédio
Relembro-me que depois de muito tempo sem maiores inovações, o primeiro filme de heróis que veio a chamar atenção do público foi X-men – o filme, já no longínquo ano 2000.
Dessa película, só gostei dos minutos iniciais (depois vim a reconhecer que o diretor Bryan Singer, é ótimo para algumas cenas específicas – a do Noturno na Casa Branca em X-men 2, a do Mercúrio correndo e desviando as balas enquanto o mundo avança lentamente em X-men: dias de um futuro esquecido –, mas não mantém esta qualidade ao longo do filme). Como um todo, achei o filme muito aquém do que poderia ser e, sendo admirador da série, fiquei na época bastante decepcionado.
De qualquer forma, foi um sucesso de público, e os estúdios de cinema, vendo o filão aberto, se esmeraram em produzir caudalosamente tantos filmes de heróis dali em diante que nem o mais fanático fã deste tipo de história poderia imaginar o volume com que esses filmes se alastrariam.
Desta leva podemos destacar a impressionante trilogia Batman – O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan (que ensinou a nós todos – mas alguns diretores ainda não conseguiram captar – que um bom filme de herói começa por um vilão impressionante), Os Vingadores, X-men – primeira classe, Homem de aço, dentre outros.
Porém, a ânsia financeira em lucrar com filmes de super-heróis foi tamanha que perderam-se todas as travas e pudores. Sobreveio então um cenário que nem o mais execrável dos vilões poderia imaginar: o desastre absoluto de Mulher-Gato (não vi e não gostei); o sonífero Capitão América – o primeiro vingador; Transformers e seus belíssimos efeitos especiais agregados a roteiros que não serviriam para limpar as nádegas; Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado que, como disse Peter Travers, é “ruim o suficiente naquele sentido que te faz desistir da vida”, o ensurdecedor G.I. Joe 2 – retaliação (sem querer-querendo acabei assistindo este filme no cinema – mais parecia que alguém segurou uma metralhadora disparando no início do filme e assim seguiu por toda a “história”), o Lanterna Verde e seu vilão com a testa enorme... Este é melhor eu inserir a imagem, pois desacredito que exista – mesmo em todos os 3.600 setores espaciais que os guardiões do universo dividiram o cosmos para que os Lanternas Verdes o protejam – algum ser com imaginação notável o bastante para poder bolar um personagem tão grotesco.
Nem com um anel do Lanterna Verde alguém seria capaz de imaginar e criar algo tão esdrúxulo – e criaram.
Afora outros que não foram completamente horríveis, mas também machucaram as vistas, como Thor 2 – O mundo sombrio, ou O Homem de Ferro 2 e 3.
Os filmes de heróis como um todo trazem algumas características, quais sejam: são bastante onerosos (o que inibe e asfixia produções menores), efeitos especiais prodigiosos (o que também prejudica filmes mais focados na história – como ocorreu com a boa película Robocop, dirigida pelo brasileiro José Padilha) e, como um todo, possuem roteiros inferiores – justamente por se focarem demasiadamente nos efeitos especiais, acredito. Não precisava ser excludente, claro, mas acaba sendo, por razões que a própria razão desconhece.
Hoje raramente surge um belo filme focado na história, como o fenomenal Crash – no limite (ganhador do Oscar de melhor filme em 2004), o cômico O Grande Lebowski (1998), os intensos O Sexto Sentido (1999), Foi Apenas um Sonho (2008) e Closer – perto demais (2004), os questionadores Ela (2013) e Beleza Americana (1999), os formidáveis A família Savage (2007) e Magnólia (1999), etc.
Mesmo espocando aqui e ali, filmes como esses são raros e, na medida em que demandam menor complexidade em suas criações, deveriam ser justamente os mais comuns. Não são, infelizmente.
Estes filmes, mais cerebrais e tocantes, parecem ter perdido a vez no cinema. Fica a impressão que eles são as “sobras”, a serem jogados no mercado entre os grandes lançamentos – estes grandes, claro, todos de ação, com destaque especial para os de heróis.
Mesmo apreciando bastante o universo fabuloso dos quadrinhos, olhando para trás, creio que como um todo, a avalanche desses filmes mais atrapalhou do que ajudou o cinema.
Optaram pelo caminho mais espetacular, mais fantástico, mais fácil, porém, mais burro.
Calharam por viciar o público em efeitos especiais e inocularam resistências contra histórias mais inteligentes e interessantes.
Hoje parece que um filme ter só uma bela história já não basta – alguma coisa tem que explodir.
Diz o velho ditado que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Não tenho dúvida que, tentando lucrar tanto com os filmes fabulosos, estão matando o paciente.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
A Grande Vilã
Quando se é criança, ou mesmo quando passamos a ser crianças
com tamanho maior, são muitos os vilões que apavoraram ou divertiram a galera: Coringa,
Sinestro, Lex Luthor, Doutor Destino, Dentes-de-Sabre, Darth Vader, etc.
Segundo consta, pelos relatos já ouvidos, quando se fica
mais velho, eis que surge um novo vilão, aliás, na verdade uma nova vilã,
disposta a aterrorizar as contas, arrancar partes íntimas do seu conforto,
exterminar suas liberdades antes conquistadas, apavorar as mentes, gerar
revoltas e frustrações diversas... Esta vilã é mais conhecida por uma singela
sigla: PJ.
sábado, 5 de abril de 2014
Da serie constatações
Quem torceu pelo Rubinho Barrichelo, aprendeu como é torcer pelo Botafogo.
P.S: Esta é oriunda do grande companheiro Cristiano - que, diga-se de passagem, é botafoguense.
P.S: Esta é oriunda do grande companheiro Cristiano - que, diga-se de passagem, é botafoguense.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Da serie perguntas que não querem calar
Mesmo podendo arranjar múltiplas desculpas, desde explicações panteístas até as de credulidade plenas, um questionamento segue sendo necessário: ¿Por que Deus não se mostra?
Seja através da voz (no princípio era o verbo), seja através de imagem, seja de qualquer modo que possa ser observado por todos, que seja imanente, que seja inquestionável...
Mas em resposta, só temos o silêncio imutável... que quer dizer algo, ¿não é mesmo?
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Fotografia do lago Baikal - por Valery Chernodedov (obviousmag.org)
O Lago Baikal está localizado na parte sul da Sibéria Oriental, na Rússia. Considerado uma maravilha natural é um dos maiores e mais profundos, comportando 1/5 de toda a água doce do mundo. No inverno o lago congela, se transformando em um espetáculo da natureza.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
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