sexta-feira, 25 de maio de 2007

Prosperando longe

É sabido por qualquer um que tenha acesso a meio de comunicação qualquer que o dólar cai e cai bastante. O chão é o limite. Pois bem, para conter esta queda, que prejudica enormemente a indústria nacional, especialmente a exportadora (o exemplo mais citado é a de calçados e de têxteis), o economista Gustavo Franco, (que ocupou importante cargo no governo do príncipe dos çábios) tem a mágica solução tabajarística para nossos problemas... o que devemos fazer é... aumentar as nossas importações!!! Só assim a queda do dólar será contida.
Só eu estou vendo isto?
Seres assim estiveram no comando do país... e há quem se julga inteligente (!) por sentirem a ausência dos ditos.

Eu tenho um pedido a fazer ao Pai Celestial. Que crie muitos Gustavos Francos, muitos, muitos, mesmo, mas todos, todos, fora do nosso país. Ocupem BCs, ministérios da fazenda, secretarias do tesouro, enfim, tudo. Longe daqui.
Sendo assim, o Brasil vai crescer muito, criar empregos, agregar renda até aos mais humildes, porque vai exportar muito, tudo, tudo que produzir, para todos. Vai criar o seu próprio milagre econômico. Que não vai surfar na dependência da onda de crescimento mundial, do endividamento e da tortura, como outro que por aqui passou.

Para estes senhores, importantíssimos, educadíssimos, lindíssimos, que têm cadeiras amplas na imprensa (o próprio Franco, André Lara Resende, Mendonção, Pérsio Arida, Miriam Leitão, etc.) tudo que presta, vem de fora. E só de lá.
Há uma coerência neste pensamento (para eles, é claro). Alguém deve se lembrar dos filhos dos escravocratas, dos filhos dos senhores de engenho, que viajavam pra estudar no exterior. Lá havia instituições que prestavam (e que prestam). E só lá. Eles sempre estavam (e estão) muito mais preocupados em destacaram-se perante os nativos do que em criar instituições de excelência por aqui, evidentemente. Crescermos juntos? Never.
Pois bem, os descendentes desta estirpe continuam com esta ideologia. Há um partido que representa bem este pensamento. Algo mais ou menos positivista, por assim dizer: nós, os detentores do conhecimento e do saber, levaremos à plebe rude (imagino que seja a alcunha menos agressiva que podem encontrar) o desenvolvimento que ela pode e merece receber.
Com qual expressão eu poderia expressar minha aversão a eles? Primeira que me vem a mente: - Me erra!
Logo algo mais lancinante e sensato, se sobrepõe.
- Não caguem no meu pau!!!!