segunda-feira, 18 de junho de 2007

A Política, os Vampiros, e os Suicidas

Engraçado, quanta política nas últimas postagens... e nem publiquei a derradeira poesia. Sei lá, estou sequioso de sangue... rs. Não dura muito, tranqüilizem-se. Até porque, os postos de vampiros da nação já estão todos ocupados.
Desde muito.
Deixa eu parar que já tô voltando ao tema...
Feito àquele desejo irreprimível que o goleiro sente ao deslocar-se atrás da bola e ela, inadvertidamente, resvala em objeto estranho no caminho... E por mais que ele queira retornar, ir em nova direção, contrária a que ele ia, sabe, no íntimo bem sabe que é tarde... não consegue tirar os enraizados pés do chão.

Eu quero ir pra um lado, mas há algo me puxando a escrever sobre isto. Feito o inexorável desejo que, presumo, o suicida sente pelo abismo.

Aliás, mais um dos meus singulares questionamentos me atordoou: Um suicida é o maior dos corajosos, ou o pior dos covardes?

O Abutre e o Chopim

Em outra nação, que também não é das melhores, o corvo é Edgar Allan Poe, um grande poeta, autor de algumas preciosidades.
Pois bem, aqui, no nosso infortúnio contumaz, o corvo Carlos Lacerda (nosso Joseph McCarthy), foi o personagem político mais putrefato do século passado (trunfo meritório, aliás, já que a concorrência é pesada).
Hoje duas impolutíssimas figuras tentam, soçobrando de todas as maneiras possíveis, ressuscitá-lo.
Difícil qual dizer primeiro.
Vamos lá, eu consigo.
Diogo Mainardi, eu classificaria como o Chopim.
Arthur Virgílio Neto, como o Abutre.
Ironia, pela enésima vez... o último desonrou o nome do pai, que nada tinha a ver com o filho.
Vai ver seja mais um caso de atavismo.
Espero que o Arthur bisneto tente redimir o pai. Espero.

Ironia Lôbrega

Muitas vezes ouvi as mais cabalísticas máximas sobre o mundo. Alguém diz: O mundo... está desarticulado, será julgado pelas crianças, é gay, é cego, é uma gaiola de loucos, etc.
Eu posso afirmar, mais que peremptoriamente: O mundo é irônico. Relato um exemplo lôbrego.
Os militares deram o fatídico golpe para impedir que Jango fizesse as reformas de base, barrar a lei de remessa de lucros, e outras coisinhas mais, todas tolas e fúteis assim. Ingressaram no poder para isto, fazer o serviço sujo da plutocracia. O discurso, claro, era outro: Fora o comunismo! Abaixo a corrupção! E outras bazófias mais, que, tendo eu uma paciência que não tenho, ainda assim não conseguiria relatar.
Pois bem, hoje, a ausência destas reformas, criou um monstro. Monstro que se avolumou neste mesmo regime. É sabido que o crime organizado carioca, por exemplo, começou com a tigrada (militares torturadores) que, por ter o hábito de não respeitar regra nenhuma, passou pro lado de lá.
Pois bem, hoje, os janízaros criadores deste monstro, fogem de sua responsabilidade dizendo que os militares não são preparados para enfrentar o crime organizado. Efetivamente, não estão preparados.
Pensando bem, estão preparados para o que?
Para a guerra?
Até o mais imbecil dos imbecis, até mesmo quem sente falta de FHC, sabe que não..
Estão preparados para o que, então? Pensa, Doney... pensa... pensa...
Ah! Claro! Estão preparados para baterem em estudantes desarmados! Como pude me esquecer!
Tolinho eu... excessivamente tolinho...

A essência

É fato que trabalhar e estudar concomitantemente é algo contrário à essência humana.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Gênesis

Não sei bem se já explicitei a quem lê estas panegíricas linhas, que minha memória, já pouco retentiva desde sempre, seletiva na maioria dos casos e lugubremente dada à amnésias parciais e definitivas, abandonou-me mais uma vez. Relegado, feito o cão sem dono, ou o palhaço na sarjeta (peço sinceras desculpas se há vícios de linguagem piores que este, sinceramente almejei encontrá-los, no que não obtive êxito, mais uma vez na vida), tenho que solicitar auxílio (ah!, pedir ajuda não deveria melindrar imensamente um homem, qualquer homem?) aos meus expressivos (em todos os sentidos) leitores.
Dado que a minha nada dialéctica mente falha e falha sobejamente, perante os princípios mais básicos que regem o cosmos, dúvidas existenciais vêm surgindo e deixando-me com um gosto amargo na boca.
Não sei quando as coisas começam e quando terminam, por exemplo.
Ajudem-me, por favor. A pergunta de hoje, desconfio piamente, é simples. A polícia federal foi criada no governo Lula?

Raízes do Rio de Janeiro

É considerado livro básico da sociologia brasileira Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Hollanda. Porém, creio eu que a maior parte do livro, essencialmente a que se refere ao “homem cordial”, já não cabe ao Brasil. Proponho uma mudança: “Raízes do Rio de Janeiro”.