domingo, 30 de março de 2008

Eis que havia o prelúdio

Eis que havia o prelúdio.
Tudo seria bonito, belo, risonho, deve ter sonhado alguém. Eu ao menos espero que sim. Ele viria a trazer a esperança, a alegria e a consolidação daquilo que Nietzsche disse que era o fim para as mulheres.
A despeito de tudo ter começado em choro, era momento de alegria. Mas se chorei, foi porque me fizeram chorar. Explicação das mais banais. ¿Quando não mais o seria? Senão, seria algo como um ser humano assumir a própria culpa. Coisa de depressivos, obviamente. Estes são responsáveis por tudo, segundo os próprios pensamentos até mesmo pelo próprio choro (¡coisa estapafúrdia, imaginem!). Não, não escarneço deles. Meus comprimidos de Pondera que o digam. Reminiscências de outros tempos, hoje estão no fundo da gaveta. Tá bom, na época também estavam, mas por outros motivos, menos nobres.

Imagina-se que uma viagem pode ser interessante, mostrar-nos novos caminhos, novos horizontes, momentos inesquecíveis. E na mais incrível de todas... tudo obliterado, sem cicatriz, sem resquício. O nada. Muito demorou até que se retivesse alguma coisa que ficasse até hoje. ¿Por que? ¿Não seria a natureza injusta neste ponto? ¿Por que a grande mãe decidiu assim? ¿Que merda de mãe é esta? Alguém já bem disse que o amor é descendente, e não ascendente. Coisa sinistra. Não vou me perder nesta esquina. Deixa pra outro momento, hoje não quero me debater em assuntos em que sei que não terminarei bem perante mim mesmo. Único momento em que o alter ego diz que eu realmente me importo. Coitado do alter ego. Mas algum dia eu chegarei lá, é um objetivo de vida. Assim como o maior objetivo de todos: aprender a respirar.

¿Será que depois do fim teremos oportunidade de (¿re?)vermos o início? Engraçado, nunca vi ninguém comentar sobre isto. Assunto oportuno, talvez mais que inferno, dossiês e as novas putas da TV.

Já li que eu durmo em determinada posição justamente por causa desta época, saudade de tempos idos, lugares mais quentes e aconchegantes. Muito doido.

Havia muco e havia sangue, havia humores viscosos e havia pus. Coisa sinistra, reitero eu.
Não poderia de uma alquimia tão grotesca dar grande coisa.

Eis que fora o prelúdio. Eis que eu nasci. Eis que aqui estou.


P.S.: ¿Por que será?

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