domingo, 26 de outubro de 2008

Idéias

I - A escrita deveria seguir como se fala. Tem som de “z”, escreve-se com “z”. Tem som de “x”, escreve-se com “x”. Extinga-se este aborto da natureza que é a cedilha. Já que nenhuma palavra começa com esta letra, poderíamos também determinar que nenhuma a tivesse no meio, tampouco no fim. Extinga-se “ch” com som de “x” (“cachorro”), “s” com som de “z” (“mesa”), etc. Ah, não tenho muita convicção a respeito das palavras com som de “s”. Por exemplo, “osso”. Mas, acho que bastaria apenas um s, mesmo.

II – Acabar com prescrição de penas. Ora, se um meliante cometeu um crime, por que o tempo que permaneceu fora da cadeia pode contar como atenuante? Não seria o tempo que passasse dentro da cadeia que deveria contar? Ao contrário, na medida em que um meliante não presta contas à sociedade, ou foge, ou utiliza os mais de mil e um recursos que as leis permitem para atrasar processos, sua dívida para com a sociedade aumenta, e não diminui! Desta maneira, proponho o fim da prescrição em qualquer caso.

III – Para completar a idéia anterior, acredito que a cada recurso protelatório (eu sei que é um pleonasmo, todo recurso calha de ser protelatório) deveria se aumentar a pena em algum percentual. Imagino que no mínimo 10%.
Por quê? Ora, se uma pessoa ingressa com recursos, e eles vão sendo gradativamente negados pela justiça, ao fim do processo, a justiça terá muito mais convicção, muito mais base nos fatos para decretar uma pena maior do que até então daria.
Afora o fato de se somar à idéia número 2 e, ser um impeditivo para que os intermináveis recursos sejam impetrados.
E, esta idéia valeria como um todo. 10 anos de cadeia, ingressou com um recurso, vai pra 11 se for condenado. Entrou com outro recurso, vai a 12,1 anos. Mais um, vai a 13, 3 anos. Se for uma briga por recursos financeiros, a mesma coisa. Pagaria 10 mil reais, ingressou com um recurso, vai a 11.... e assim sucessivamente.

IV – Jogos de futebol devem ter tempo contado como os de futsal, em que o tempo pára quando o jogo é paralisado. Em média, um tempo tem cerca de 30 minutos de bola rolando. Então, que se fixe este valor. Aí, nenhum time ficaria catimbando, enrolando ao máximo quando algum placar o favorece, o que tira muito do prazer e da justiça de certas partidas.

V – As prorrogações dos jogos de futebol seriam extintas. 90 minutos de jogo (afora os acréscimos) é muito tempo. Mesmo reduzindo aos 60 de bola rolando, conforme idéia anterior, ainda assim seria muito tempo. O que tinha pra ter acontecido num jogo tão grande, já aconteceu. Vamos aos pênaltis, que são sempre emocionantes.

VI – As contribuições previdenciárias das empresas deveriam considerar seu faturamento, e não só a quantidade de funcionários que lá trabalham. Isto oneraria menos quem emprega. Se não dá pra subsidiar todos, que se subsidiem os que empregam mais proletários.

VII – Deveriam ser equitativamente repartidos os dividendos entre os acionistas (ou donos de empresas) e entre os trabalhadores que efetivamente geraram este lucro quando as empresas tivessem um lucro líquido que superasse determinado valor. Imagino que 1 milhão de reais. Sobre os dividendos pagos aos empregados, seria um mesmo valor para todos.

VIII – Voltar-se-ia à CPMF (imposto dos ricos), se possível com alíquota maior, talvez 0,5%, e se daria o mesmo desconto no Imposto de Renda (que deveria afetar os ricos, mas não o faz). Seriam retiradas as possibilidades de deduções do IR. Com o aumento de arrecadação obtido com o fim das deduções, novamente se daria desconto para todos os que pagam IR.

IX – Voltar-se-ia a cobrar IR dos ESPECULADORES estrangeiros que compram títulos do governo e NÃO PAGAM IR. Esta foi uma das piores (senão a pior) decisões do governo Lula. É evidente, por ser terrível, foi diligentemente aplaudida por todos os grandes jornais. Quem tomou a decisão de não cobrar IR dos especuladores (¡tadinho deles!) foi o Ministro Palocci – um ministro de direita, como é sabido.

X – Para se jogar futebol na seleção brasileira, os jogadores deveriam permanecer jogando cá por estas plagas.
Ora, a seleção de um país se compõe de pessoas que representam toda a população. E quem se sente representado pelos nababos que ganham milhões, se rodeiam de loiras e puxa-sacos, se perdem com tanto dinheiro, distanciam-se totalmente do nosso povo e da nossa gente, vivendo uma vida totalmente diferente da nossa situação, cheia de luxos desnecessários, frivolidades e eventualmente um ou outro travesti mostrando a verdadeira faceta dos “donos da bola”, quem pode se sentir representado por estes?

Os jogadores deveriam permanecer no Brasil, para saber como estamos. Em ficando aqui, mais pessoas do nosso próprio país se interessariam por futebol (já que o nível do jogo melhoraria), mais pessoas de outros países se interessariam pelo futebol de clubes que é praticado aqui (aumentando a fonte de renda dos clubes com a transmissão a vários países, por exemplo) e, por fim, a própria seleção melhoraria seu futebol, afinal, os jogadores tenderiam a eventualmente se esbarrar, eventualmente jogar no mesmo time, melhorando o tal entrosamento que tanto serve de justificativa para o desempenho nem tão brilhante da seleção. E não como é hoje, uns vivem no Brasil (reservas, é claro), uns na Itália, outros na Espanha, outros na Inglaterra, etc.

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